Dia Internacional da Erradicação da Pobreza, 17 de outubro
Por ocasião da comemoração do Dia Internacional da Erradicação da Pobreza (17 de outubro), o INE apresenta os resultados definitivos do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2013, sobre rendimentos de 2012, privilegiando uma análise sobre a condição particular da população infantil.
De acordo com este inquérito, 18,7% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2012, o valor mais elevado no perÃodo iniciado em 2009. Nesse ano acentuou-se sobretudo a tendência de crescimento do risco de pobreza para as/os menores de 18 anos (24,4%, valor superior em 2,6 p.p. ao verificado em 2011). A tendência para o risco de pobreza na população infantil ser superior ao da restante população é comum ao observado para a União Europeia (UE27), mas a distância entre as famÃlias com crianças dependentes residentes em Portugal e a média registada para o mesmo tipo de famÃlias na UE27, tem vindo a aumentar.
As crianças , grupo populacional com riscos de pobreza ou exclusão social superiores aos da população em geral desde 2010, foram as mais afetadas pelo aumento da pobreza ou exclusão social (mais 3,8 p.p. entre 2012 e 2013).
O risco de pobreza para as crianças diminuÃa com o aumento do nÃvel de escolaridade completado pelos pais, sendo de 37,5% para aquelas com pais que não tinham completado pelo menos o ensino secundário, de 14,1% quando os pais concluÃram o ensino secundário ou pós-secundário (não superior) e de 4,1% quando os pais possuÃam habilitações académicas de nÃvel superior. Esta condição está alinhada com o facto de, em média, o risco de pobreza para a população adulta diminuir com o aumento do nÃvel de escolaridade. O risco de pobreza para quem possuÃa habilitações ao nÃvel do ensino secundário ou superior é cerca de metade do risco enfrentado por alguém que detém habilitações académicas inferiores ao ensino secundário.