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Sobre o Fórum
A Temporada Portugal-França 2022 decorre entre fevereiro e outubro de 2022, para fortalecer os laços entre Portugal e França, realçando a proximidade histórico-social entre os dois países.
O programa, que destaca a Cultura, assume também o compromisso concreto com a igualdade, inclusão e diversidade de género, que se concretiza, entre outras iniciativas artísticas e culturais, através da realização de dois Fóruns para discutir e promover a IGUALDADE DE GÉNERO NA EUROPA, um dos eixos da Temporada.
Em março, Angers acolheu o Fórum da Igualdade: pela igualdade de género na Europa.
Entre 18 e 20 de outubro, o Fórum da Igualdade | Encontro Feminista, reúne, em Portugal, feministas e especialistas de Portugal, França e outros países.
O Fórum Igualdade | Encontro Feminista é organizado conjuntamente:
- em França pelo Institut Français, pelo Ministério da Cultura, pelo Ministério da Europa e dos Negócios Estrangeiros, pelo Ministério da Igualdade entre Mulheres e Homens, Diversidade e Igualdade de Oportunidades e pelo Ministério do Ensino Superior, Investigação e Inovação;
- em Portugal pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, pelo Comissariado Português da Temporada, em articulação com a Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares e os Ministérios da Cultura e da Educação.
Interpretação em Língua Gestual Portuguesa
Tradução simultânea em FR
Interpretação em Língua Gestual Portuguesa
Tradução simultânea em FR
Programa
18 outubro | ACOLHIMENTO DAS/DOS PARTICIPANTES
19:00
Documentário “O que podem as palavras?”, de Luísa Sequeira e Luísa Marinho.
Com Ana Luísa Amaral, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno.
19 outubro | ENCONTRO FEMINISTA
9:00
Sessão de abertura
9:30
Mesa Redonda I | Novas Cartas Portuguesas 50 Anos Depois
Agnès Levécot, Ana Margarida Martins, Anna Klobucka, Hilary Owen, Lívia Apa. Moderação: Marinela Freitas
Sinopse
Quando em abril de 1972, em plena ditadura, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa publicaram Novas Cartas Portuguesas, o livro foi imediatamente banido e as autoras, alvo de um processo judicial que só terminaria em 1974, depois da Revolução Portuguesa. A onda internacional de apoio que se seguiu atingiu proporções tão inéditas que o caso foi considerado a “primeira causa feminista internacional”. O mapeamento da receção da obra foi feito por um grupo de investigadores/as, coordenados/as por Ana Luísa Amaral, no Projeto “Novas Cartas Portuguesas 40 anos depois”, sediado no Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa da Universidade do Porto. Passados 50 anos, esta obra continua a abordar questões que se mantêm cruciais para a agenda política contemporânea e que continuam a afetar a vida das mulheres e dos homens. Afinal o que mudou?
11:00
Direitos e Novas Cartas Portuguesas
Maria do Céu da Cunha Rêgo
Sinopse
A singularidade da obra Novas Cartas Portuguesas encontra-se, justamente, na sua intemporalidade. Neste caminho que leva já 50 anos, que progressos legislativos viram as mulheres consagrados? Progressos em Portugal, mas também comunitários? A nível do trabalho pago (onde estão umas e onde estão outros)? Nos salários de uns e de outras? Nos tempos dispensados com o Cuidado (trabalho não pago), com a gestão das necessidades familiares? Com o lazer? Com as manifestações de poder de umas/uns sobre as outras/outros? O que nos separa da versão original?
11:45
Mesa Redonda II | Os Direitos das Mulheres
Ana Sofia Fernandes, Lígia Amâncio, Lívia Apa, Veronique Sehier. Moderação: Sofia Branco
Sinopse
Longo é o caminho das mulheres na reivindicação de um Sujeito de Direito. Ao longo dos últimos dois séculos as mulheres reclamaram por um estatuto mais digno e melhores condições para as suas vidas. Sabemos de movimentos por elas protagonizados que resultaram, por vezes, em manifestações no espaço público questionando a justeza da organização social estabelecida para homens e mulheres, com grandes desvantagens para as últimas. Num percurso que não tem sido fácil, passadas que são duas décadas do séc. XXI, vemos o robustecimento de posições políticas desfavoráveis a direitos que as mulheres julgavam consagrados. Até que ponto estão as conquistas passadas ameaçadas? Até que ponto está o futuro do Sujeito Mulheres ameaçado?
14:30
Mesa Redonda III | Feminismos, democracia e paz
Celine Mas, Nathalie Pilhes, Paula Cardoso, Vanda Gorjão. Moderação: Céu Neves
Sinopse
Os Feminismos enquanto questionadores do normativo social, nomeadamente dos papéis de género (ainda) vigentes, são fomentadores de uma sociedade mais justa e igualitária; donde, mais democrática. Contudo, vivemos num período histórico caracterizado por excessivos conflitos, muitas vezes alimentados nas redes sociais (sem as querer diabolizar), mas também diplomáticos e mesmo armados, de consequências devastadoras para homens e mulheres. Os Feminismos revelam-se fundamentais para o desenraizamento das violências e a construção de relações sociais mais saudáveis, ou seja: uma cultura para a paz (interpessoal e mesmo entre os Estados). Como poderiam os feminismos inverter esta corrente? Conquistar mais pessoas? Em que medida os feminismos necessitam de maior visibilidade?
16:00
Mesa Redonda IV | Feminismos e os novos desafios da sociedade
Delphine O, Eduarda Ferreira, Fernanda Henriques, Teresa Toldy. Moderação: Cláudia Martins
Sinopse
O século XXI viu emergir coletivos feministas que, reinventando lutas, incluíram no debate problemáticas como: o desenvolvimento global, a sustentabilidade da economia, o ecofeminismo; continuando a debater o entrosamento entre o sexo e outros fatores de discriminação e de desigualdade social como a origem étnica ou racial, a idade, a deficiência, a orientação sexual, a religião ou crença, complexificando as contínuas clivagens entre homens e mulheres.
Aprofundando a perspetiva da interseccionalidade no discurso feminista, as atuais correntes têm vindo a recorrer às potencialidades do digital, enquanto ferramenta de divulgação das suas reivindicações. A par desta evolução, estarão os feminismos a acompanhar as transformações tecnológicas, digitais, que moldam as nossas vidas? Em que medida a Inteligência Artificial está dirigida para resolver problemas concretos nas vidas das mulheres, como o tempo para as tarefas domésticas e de cuidado?
17:20
Mesa Redonda V | O papel fundamental dos homens feministas
David Bobée, Flávio Landim Gonçalves, João Manuel de Oliveira, Pedro Mourão. Moderação: Tiago Rolino
Sinopse
Qual é o papel dos homens na construção da igualdade de género? Que lugar têm os homens que se afirmam feministas nesta construção? Serão os feminismos libertadores para os homens? O século XXI tem assistido a um número crescente de homens comprometidos com a construção da igualdade de género, não só através da participação em coletivos feministas constituídos maioritariamente por mulheres, mas também através da criação de grupos de reflexão sobre masculinidades alternativas às masculinidades hegemónicas construídas socialmente no passado. Esta mesa-redonda junta um grupo de homens que, de forma diversa, se têm afirmado como aliados e/ou protagonistas na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
20 outubro | CONFERÊNCIA PELA IGUALDADE DE GÉNERO NA EUROPA
9:30
Mesa Redonda VI | Igualdade na Educação e na Cultura
Flora Rodriguez, Gaëlle Elaine Perrin, Maria do Mar Pereira, Margarida Garcia. Moderação: Fernanda Freitas
Sinopse
Difundir uma cultura de igualdade permite agir, com profundidade, sobre as representações, as crenças, as mentalidades, bem como sobre os sistemas. Essa cultura passa pela educação para o respeito mútuo e para a igualdade entre rapazes e raparigas e mulheres e homens: visa desconstruir e lutar contra os estereótipos sexistas presentes em vários contextos – na escola, no trabalho, nos media, no desporto, na publicidade…
Os estereótipos sexistas induzem e favorecem comportamentos discriminatórios e até mesmo a violência contra as mulheres e raparigas.
12:00
Conclusões e desafios futuros
Presidente da Temporada Portugal-França 2022, Emmanuel Demarcy-Mota, Comissária pela parte portuguesa, Manuela Júdice, Comissária pela parte francesa, Victoire di Rosa, Presidente da CIG, Sandra Ribeiro
12:30
Sessão de Encerramento
Secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues