“Engenheiras por um dia”
Ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, apresenta projeto-piloto para combater a segregação de escolhas profissionais
No âmbito do Dia Internacional das Raparigas, instituído pelas Nações Unidas e assinalado a 11 de outubro, com o propósito de promover uma maior consciência relativamente à situação das raparigas em todo o mundo, de forma a tentar quebrar o ciclo de discriminação, foi apresentado, no dia 10 de outubro, no Exploratório Centro Ciência Viva, em Coimbra, o projeto-piloto “Engenheiras por um Dia”.
“Engenheiras por um Dia” resulta de uma parceria com a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), o Instituto Superior Técnico (IST), dez agrupamentos escolares ou escolas secundárias, e a Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres (APEM); aderiram, ainda, como entidades patrocinadoras, a IBM Portugal, a Microsoft e a Siemens Portugal.
O evento contou com a presença do Ministro Adjunto, Eduardo Cabrita; da Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino; do Diretor do Exploratório Ciência Viva, Paulo Trincão; da Presidente da CIG, Teresa Fragoso; do Subdiretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, João Fernandes; e do Vereador da Educação, Ação Social e Família da Câmara Municipal de Coimbra, Jorge Alves.
Virgínia Ferreira, Professora Auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) e Palmira Ferreira da Silva, Vice-Presidente do IST, que fazem, igualmente, parte deste projeto, abordaram aspetos técnicos, que suportam este projeto, e que evidenciam a fraca presença de raparigas nas engenharias.
Para que se ultrapasse esta assimetria foi apresentado um vídeo que desafia as raparigas a serem “Engenheiras por um Dia” e fazerem desse dia uma decisão para a vida.
“Engenheiras por um Dia” destina-se a alunas do ensino secundário (10.º e 11.º anos, da área de Ciências e Tecnologias) e a alunas do 3.º ciclo do ensino básico (a inscreverem-se em cursos profissionais).
Em cada escola/agrupamento onde decorrerá esta experiência [AE de Miranda do Corvo; AE de Pombal; AE do Fundão; AE nº 4 de Évora; AE Prof. Reynaldo dos Santos (V. Franca de Xira); AE de Lavra (Matosinhos); Escola Secundária D. Filipa de Vilhena (Porto); Escola Secundária Garcia de Orta (Porto); Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho (Figueira da Foz) e Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira (Seixal)], haverá um conjunto de desafios propostos pelo IST e dinamizados por uma equipa de alunas do Instituto. Ao longo do ano, cada escola desenvolverá o seu projeto através das atividades mais adequadas à sua comunidade.
O Ministro Adjunto salientou o seu empenho na iniciativa “Engenheiras por um Dia”, projeto-piloto inserido no programa de dessegregação das escolhas profissionais, que tem como objetivo prevenir e combater a segregação das ocupações profissionais em razão do sexo. Eduardo Cabrita teve, ainda, a oportunidade de anunciar que: “Vamos ter brevemente […] uma lei sobre disparidades salariais, que são disparidades indiretas. E que afetam, curiosamente, sobretudo as mulheres mais qualificadas”, sublinhando que “À medida que a qualificação aumenta, a disparidade também aumenta” e referindo, ainda, que a diferença salarial no País ronda os 25%, para os casos de mulheres com formação superior. A média nacional é de cerca de 18%.
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