Dia Internacional das Pessoas Idosas
Com a melhoria das condições de vida, de saúde, a mortalidade tem diminuído e um dos resultados é o envelhecimento da população. As pessoas chegam até idades mais avançadas e duram mais tempo. As mulheres enquanto grupo estão a reforçar o seu peso, alcançando idades superiores que a dos homens.
Em 2021, os homens com mais de 65 anos em Portugal eram 775.254, enquanto as mulheres com mais de 65 anos eram 941.919. O total de pessoas idosas já perfazia 1.717.173.
Existe uma sobremortalidade dos homens, enquanto que as mulheres sofrem mais de doenças crónicas, de doenças prolongadas, o que se traduz num maior período de vulnerabilidade financeira, de dependência física e social e de doenças mentais e degenerativas.
Em 2020, a esperança de vida à nascença para os homens era de 77,7 anos, enquanto que para as mulheres era de 83,4 anos.
As mulheres ao terem rendimentos mais baixos, reformas mais reduzidas, sendo ainda a maioria da população inativa ou a trabalhar a tempo parcial devido à responsabilidade de cuidar, torna este grupo em maior risco de pobreza.
Em 2021, a taxa de privação material e social em Portugal para o escalão etário dos 65 e mais anos foi de 15,3% para os homens e de 19,3% para as mulheres. A taxa de risco de pobreza em 2020 para o escalão etário dos 65 e mais anos foi de 16,8% nos homens e de 22,5% nas mulheres.
Outra problemática que afeta a população idosa é a violência doméstica, sendo que esta é na maior parte das vezes perpetrada pelos cônjuges ou descendentes ou cuidadores e cuidadoras. Dadas as várias vulnerabilidades destas vítimas idosas, muitas vezes não apresentam queixa ou nem sequer reconhecem que são vítimas de um crime grave.
Em 2022, foram acolhidas, em casa de abrigo e em acolhimento de emergência, 107 pessoas com idade superior a 65 anos e foram atendidas, na Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica, 1624 pessoas.
Dados CIG