Relatório da OIT mostra fraca recuperação do emprego jovem
O relatório Global Employment Trends for Youth 2022, publicado por ocasião do Dia Internacional da Juventude (que se assinala a 12 de Agosto) demonstra que os efeitos da pandemia COVID-19 ainda se fazem sentir, principalmente na população jovem entre os 15 e 24 anos. Desde o início de 2020, a perda de emprego em termos percentuais foi muito superior à da população adulta.
De acordo com o Relatório, estima-se que o número total global de jovens em situação de desemprego chegue aos 73 milhões em 2022, representando uma ligeira melhoria em relação a 2021 (75 milhões), mas ainda seis milhões superior aos valores registados em 2019, na pré pandemia.
As mulheres jovens estão em pior situação do que os homens jovens, registando uma taxa de emprego muito mais baixa. Em 2022, a nível global, prevê-se que 27,4 por cento das mulheres jovens estejam empregadas, em comparação com 40,3 por cento dos homens jovens.
Este diferencial de género, que tem mostrado poucos sinais de redução nas últimas duas décadas, é maior nos países de rendimento médio-baixo (17,3 pontos percentuais), e menor nos países de rendimento alto (2,3 pontos percentuais).
Quanto a Portugal, dados do INE para o primeiro trimestre de 2020, mostram que a taxa de emprego entre os jovens dos 15 aos 24 anos se situa nos 22,5%, sendo que 25,5% são homens e 19,5% mulheres.