Quem mais sofreu com a pandemia foram as mulheres, diz a Presidente da CIG
A Presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), Sandra Ribeiro, esteve presente no encontro internacional “As Mulheres e o Trabalho em Portugal e na Europa”, organizado pelo Movimento Democrático das Mulheres e que se realizou, em Loures, no dia 28 de maio, onde explicou que a situação pandémica da COVID-19 “afetou mais as mulheres que os homens.”
A dirigente da CIG abordou as dificuldades que as mulheres enfrentaram, no contexto da pandemia e explicou porque foram as mulheres, as mais sacrificadas.
Os trabalhos que não podem ser feitos em teletrabalho, são, maioritariamente, “assegurados por mulheres”, o que as impediu de ficarem “em casa e se protegerem, a si e aos seus”. As mulheres foram também as mais prejudicadas nas situações de layoff, pois são elas que ocupam a grande maioria dos trabalhos afetados por estas medidas, “como a restauração e o turismo.”
Além de tudo isto, as mulheres que ficaram em teletrabalho, ficaram ainda “sobrecarregadas pelo trabalho habitual, mais as tarefas domésticas e o cuidado dos filhos e filhas”, explicou. Em resumo, “este problema tem de ser pensado com perspetiva de género”, pois a própria “discussão do teletrabalho, e sua posterior implementação podem ser importantes para o futuro das mulheres”, alertou Sandra Ribeiro.