Mais de 12 mil pessoas vão beneficiar de formação específica em matéria de igualdade, não discriminação e prevenção e combate à violência doméstica
Foram aprovadas 86 candidaturas, pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, que vão permitir formar cerca 12 750 pessoas, durante 3 anos, em matéria de igualdade, não discriminação e prevenção e combate à violência doméstica.
Estes concursos, com uma dotação total de mais de 4 milhões de euros, realizam-se no âmbito do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, POR Lisboa e CRESC Algarve e destinam-se a formação de públicos estratégicos nos domínios da igualdade entre mulheres e homens, da prevenção e combate a todas as formas de violência contra as mulheres e violência doméstica, da prevenção e combate à discriminação em razão do sexo, orientação sexual, identidade e expressão de género, e características sexuais e da prevenção e combate ao tráfico de seres humanos.
No total, aquele Programa Operacional permitiu já a formação de 22 mil pessoas nestes domínios, num investimento de 6,5 milhões de euros. É importante destacar a aposta na formação de Técnicos/as de Apoio a Vítimas num total de 2330 pessoas e 133 ações, o que representa mais 737 pessoas do que no quadro financeiro anterior.
“A ação pela igualdade e pela não discriminação só é eficaz baseada no saber e na ciência, o que se torna particularmente crítico no contexto de ataques ideológicos aos avanços alcançados e de impactos de género da COVID-19. Os projetos agora aprovados concretizam o compromisso de reforço da ação de combate às desigualdades no terreno, apostando na formação e qualificação de agentes que intervêm localmente e que trabalham diretamente com vítimas de violência doméstica ou de vítimas de tráfico de seres humanos e na concretização da legislação recentemente produzida nos domínios do trabalho, por exemplo”, indica Rosa Monteiro, Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade.
A formação, que será presencial e online, destina-se a profissionais das seguintes áreas: justiça; forças de segurança; educação e ensino superior; saúde; proteção de crianças e jovens; Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica; pessoal dirigente e técnico da administração pública central e local; comunicação; recursos humanos, gestores/as, pessoal representativo e associações representativas de trabalhadores/as e associações empregadoras.
Os projetos de formação são desenvolvidos por entidades da sociedade civil especializadas nestas matérias.