Lançada a campanha #NamorarNãoÉSerDoN@
A campanha #NamorarNãoÉSerDoN@ foi apresentada no passado dia 14 de Fevereiro, no Chapitô, em Lisboa, com a presença da Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, o Secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, a Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, Teresa Fragoso e os membros do Movimento “Não é Normal”.
Para uma plateia composta maioritariamente por crianças e jovens estudantes, João Costa na sessão de abertura, defendeu que o trabalho de informação e educação passa pela escola, sendo este “às vezes, o único espaço no qual é possível mostrar aos mais jovens que existe uma alternativa à violência, sobretudo àqueles que cresceram nesse contexto”. Defendeu que da mesma forma que uma geração começou a separar o lixo em casa, espera que “haja toda uma geração, em que eu também me quero incluir, e que chegue a todas as gerações do país, que comece a dizer o que se diz aqui hoje: não é normal”.
Após o visionamento do vídeo da campanha protagonizado por Diogo Faro e Rita Camareiro, do Movimento Não é Normal, que se pretende uma ferramenta de trabalho em sessões de sensibilização junto dos e das jovens do ensino básico e secundário, deu-se início ao momento de diálogo entre as/os jovens e os membros do Governo presentes, para o esclarecimento de dúvidas.
Mariana Vieira da Silva, no seu discurso de encerramento mostrou a sua preocupação com o facto de “uma percentagem muito significativa dos jovens considerar natural atos de violência no namoro”. Para a Ministra de Estado e da Presidência, “não é normal que se exijam passwords de redes sociais, não é normal que as pessoas vejam os telemóveis uma das outras, e não é normal que as impeçam de vestir de uma determinada forma”, remata.
Estas preocupações surgem face aos resultados do estudo apresentado pela UMAR, que mostra que 58% de jovens que namoram ou já namoraram reportam já ter sofrido pelo menos uma forma de violência por parte de atual ou ex-companheiro/a; e 67% de jovens consideram como natural algum dos comportamentos de violência.
A cerimónia terminou com a descida em tecido com acrobacias aéreas por Mavatiku José e Miguel Fernandes, alunos do Chapitô.