Conferência reafirma a necessidade de continuar a luta pelos direitos das mulheres
Os 30 anos da Plataforma de Ação e Declaração de Pequim serviu de mote para a conferência comemorativa do Dia Internacional das Mulheres, promovida, no passado dia 7 de março, pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género.
O auditório da Área Metropolitana de Lisboa foi o local escolhido para a realização do evento, que na sua abertura contou com a intervenção do 1º Secretário Metropolitano, Carlos Humberto de Carvalho.
Com moderação de Paula Cosme Pinto, a conferência prosseguiu com a presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género. Sandra Ribeiro elencou os marcos impactantes dos direitos conquistados pelas mulheres desde a conferência de Pequim, recordando as 12 áreas prioritárias definidas na Plataforma de Ação.
Recuando até 1975, data da 1ª Conferência sobre as Mulheres, a sessão continuou com a participação de Regina Tavares da Silva, que partilhou com as pessoas presentes alguns dos aspetos mais relevantes deste evento, no qual foi a representante de Portugal.
Neste painel, Paula Cosme Pinto teve ainda oportunidade conversar com Manuela Tavares, da União de Mulheres Alternativa e Resposta, que, por sua vez, partilhou as memórias que guarda da sua presença na conferência de Pequim, em 1995.
Por fim, tivemos ainda a oportunidade de conhecer a visão de Clara Pelotte, da Rede de Jovens para a Igualdade, que, destacando o legado deixado por Pequim, aproveitou para sublinhar algumas das áreas críticas definidas pela Plataforma de Ação, como a especificação da rapariga enquanto individuo.
O segundo painel iniciou-se com a intervenção do Vice-Presidente da CIG, Manuel Albano, que foi convidado a falar sobre violência doméstica, elencando a evolução que se tem registado em Portugal, bem como o trabalho que tem sido desenvolvido ao nível do combate a este flagelo.
A conversa prosseguiu com Mónica Ferro, Diretora do Fundo das Nações Unidas para a População, que, questionada sobre se o atual quadro político e económico global pode pôr em causa os direitos que as mulheres foram conquistando desde a conferência do México, afirmou que este é um esforço continuo e que nunca está terminado.
A fechar o painel, Manuela Doutel Haghighi, Diretora Global Customer Experience da Microsoft, falou-nos sobre a presença das mulheres nas STEM e a importância da representatividade feminina na área das tecnologias.
O encerramento da conferência esteve a cargo da Ministra da Juventude e Modernização Administrativa, que começou por recordar a importância da Plataforma de Ação de Pequim para as conquistas alcançadas pelas mulheres nas últimas décadas.
No entanto, como alertou Margarida Balseiro Lopes, “não se pode baixar a guarda, uma vez que a desigualdade de género continua a condicionar a vida de muitas mulheres em todo o mundo”.
- Pode ver, ou rever, a sessão no canal de YouTube da CIG.
- A apresentação da Presidente da CIG, Sandra Ribeiro, pode ser descarregada aqui.