CIG presente na COP 29 para defender orçamentos com perspetiva de género
A CIG esteve em Baku, no Azerbaijão, para participar nas atividades do Pavilhão de Portugal, no âmbito da COP 29 (29.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), que se realizou entre os dias 11 e 22 de novembro.
No dia 21 de novembro a CIG organizou, em conjunto com a Business as Nature, a iniciativa sobre a perspetiva de género nas políticas ambientais e o contributo das mulheres e das meninas.
Ana Martinho Fernandes, Diretora de Serviços de Apoio à Estratégia e Planeamento, abordou a importância de se implementar um orçamento com perspetiva de género também nas políticas ambientais.
Num contexto global em que as alterações climáticas representam desafios urgentes e transversais, é fundamental reconhecer que as soluções para estes problemas têm de ter em conta as desigualdades existentes. Mulheres e raparigas, especialmente aquelas em comunidades mais vulneráveis, enfrentam desafios específicos, efetivamente os impactos das alterações climáticas não são neutros em termos de género.
Neste contexto, as políticas e os respetivos orçamentos devem ter sempre uma perspetiva de género, utilizando a metodologia de Orçamento Sensível ao Género, de forma a que se assegurem uma alocação justa e eficaz dos recursos públicos.
A CIG defendeu ainda que as políticas ambientais devem ser definidas, implementadas e avaliadas com uma perspetiva interseccional (identidade de género, etnia, idade, orientação sexual e outros fatores), de forma a permitir, identificar e abordar desigualdades estruturais, promovendo soluções mais justas e inclusivas.
O principal objetivo da conferência foi intensificar os esforços globais para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, conforme estabelecido no Acordo de Paris.
As COP têm desempenhado um papel crucial na promoção da igualdade de género em questões climáticas, criando estruturas e compromissos para uma maior inclusão e reconhecimento do papel das mulheres. No entanto, é essencial que os países continuem a implementar estas medidas de forma eficaz e a garantir que as políticas climáticas sejam verdadeiramente inclusivas, contribuindo não só para a sustentabilidade ambiental, mas também para a justiça social e a igualdade de género.