A CIG voltou a participar na iniciativa “A Terra Treme”
Realizou-se no passado dia 5 de novembro, a 12.ª edição do exercício público nacional de sensibilização para o risco sísmico “A Terra Treme”, promovido pela a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) que teve como objetivo de “capacitar a população para saber como agir em caso de sismo, sensibilizando para o facto de vivermos numa sociedade de risco, desafiando por isso os cidadãos e as cidadãs a envolver-se no processo de construção de comunidades mais seguras e resilientes”.
Este ano o dia coincidiu com o Dia Mundial de Sensibilização para o Risco de Tsunami (World Tsunami Awareness Day) , sublinhando a importância de uma sociedade informada e resiliente perante catástrofes naturais.
Este exercício público de âmbito nacional de sensibilização para o risco sísmico “Terra Treme”, faz parte de um conjunto de iniciativas alinhadas que integram o assinalar do Dia Internacional para a Redução do Risco de Catástrofes, que se concretiza a 13 de outubro, iniciativa das Nações Unidas que este ano, se desenvolve sob o mote “Empoderar as próximas gerações com vista à construção de um futuro mais resiliente” e com a Cimeira do Futuro em setembro de 2024, onde a «juventude e as gerações futuras» são uma prioridade. Este dia foi implementado através da Resolução 70/203 adotada na Assembleia Geral das Nações Unidas, a 22 de dezembro de 2015.
Neste contexto, as Nações Unidas procuram estimular a capacitação e participação de crianças e jovens com vista a uma Redução do Risco de Catástrofes mais inclusiva, conforme exigido no Quadro de Sendai para a Redução do Risco de Catástrofes 2015-2030. Tal imperativo também se alinha com os apelos à ação da Declaração Política da Revisão Intercalar do Quadro de Sendai, que invocou à “participação plena, igualitária, significativa e inclusiva” de crianças e jovens e à promoção de “uma cultura de prevenção de catástrofes”.
Para atingir a meta do Quadro de Sendai de reduzir os riscos e perdas globais de desastres, o tema do Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres (IDDRR) 2024, pede aos países que aproveitem o setor educacional para reduzir os riscos de desastres de crianças em idade escolar, especialmente investindo em duas áreas principais:
- Proteger crianças e jovens por meio de escolas e instalações educacionais seguras: as crianças têm o direito de estar seguras em suas escolas e isso começa com a garantia de que as escolas sejam resilientes a desastres e façam parte de sistemas de alerta precoce de desastres.
- Capacitar crianças e jovens a estarem seguros por meio de educação apropriada à idade para entender e agir sobre os riscos que enfrentam. Isso inclui construir sua preparação para tomar medidas antecipadas em resposta a alertas precoces. Crianças empoderadas tornam-se agentes de mudança para comunidades mais resilientes.
- Defender e implementar o Quadro Abrangente de Segurança Escolar 2022-2030, desenvolvido pela Aliança Global para Redução do Risco de Desastres e Resiliência no Setor Educacional (GADRRRES), presidida pela UNESCO e pelo UNICEF.
Em Portugal, no âmbito das atividades desenvolvidas na Plataforma Nacional para a Redução do Risco de Catástrofes, onde a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género tem assento, tem-se procurado contribuir para uma cidadania jovem ativa para a redução do risco de catástrofes, através, entre outros, da dinamização de ações de carácter pedagógico e outras abordagens inovadoras orientadas para a educação para o risco junto de públicos mais jovens .
Como sugestão, partilhamos o vídeo https://youtu.be/8v39kGyU5Lg,.