CIG participou na 2.ª Edição do IDE Insights & Boas Práticas
Ana Borges, da DIDOC, foi uma das oradoras da 2.ª Edição do IDE Insights & Boas Práticas, que se realizou, no dia 17 de outubro, no auditório da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, em Lisboa. Esta Edição abordou o tema de Sustentabilidade, com destaque para boas práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI).
Com três painéis: 1. Inclusão, Diversidade e Equidade: Boas Práticas que Transformam Realidades; 2. Sustentabilidade e ESG em Ação: Inovação que Impacta; 3. Brasil, Portugal e África: Unindo Culturas para Construir um Futuro Inovador, a CIG integrou o 3.º Painel.
Liderado por Elisangela Souza (a única mulher negra indicada ao Portuguese Women in Tech Awards 2024), o evento contou com intervenções que ao longo de todo o dia souberam cativar a assistência e lançar-lhe alguns desafios de ação individual, mas com reflexos na comunidade.
Tem-se verificado que “Sustentabilidade”, enquanto conceito abstrato, recebe grande resistência em ser apropriado uma vez que o atual modelo, para se atingir a felicidade na vida, está assente num constante consumo de diferentes produtos. No momento atual, o planeta suporta cerca de 9 biliões de humanos em permanente utilização dos seus recursos. É urgente adotar mudanças responsáveis. Todas as mesas concordaram que as práticas de modelos de gestão de Recursos Humanos mais inclusivos aumentam a produtividade, conjugados com a partilha das diferentes experiências, contribuem para a reflexão e consciencialização de consumos exagerados e desnecessários.
Ana Borges, CIG, e Maria Rita Spina Bueno, delegada da W20 Brasil, reforçaram o papel fundamental que as mulheres desempenham no intricado puzzel que compõe a “sustentabilidade”. Por um lado, são, maioritariamente, as mulheres (coletivo muito heterogéneo) quem continua a assumir as responsabilidades domésticas e de cuidado e, por isso, a tomar muitas das decisões na gestão familiar (alimentação, vestuário, medicamentos, cuidados com descendentes e ascendentes, etc., etc.,), contribuindo (ou não) para práticas mais conscientes com as múltiplas fragilidades que os seres humanos hoje enfrentam. Saindo da esfera privada para a pública mantêm-se muitas das discriminações contra as mulheres nomeadamente: o gap salarial, na dupla penalização pela maternidade, penetrar profissionalmente nas áreas digitais, no acesso a crédito bancário (para a constituição de uma atividade económica, embora sejam mais cumpridoras no pagamento dos retornos à Banca), a difícil gestão do tempo, etc. etc..