Como combater o discurso do ódio nas redes sociais
A Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género assinala hoje, 18 de junho, o Dia Internacional de Combate ao Discurso do Ódio, proclamado pela ONU em 2021.
Em publicações nas nossas redes sociais, relembramos a necessidade de utilizar as redes sociais de forma responsável e com noção das consequências negativas de partilhar conteúdos falsos e discriminatórios.
A empatia, a confiança na informação partilhada, a necessidade de ouvir antes de falar, a responsabilidade e a cortesia nas ações, a importância da denúncia e da procura de ajuda legal e/ou clínica, além do cuidado na partilha de informações falsas, são apenas alguns cuidados a ter.
As mulheres enfrentam diariamente ataques e comentários negativos que afetam a sua autoestima, segurança e bem-estar. Publicações difamatórias e ofensivas à imagem e à vida pessoal e profissional de muitas mulheres estão presentes nas redes sociais, tanto em comentários quanto em publicações manipuladas digitalmente.
Notícia do jornal Público revela que “mais de 70% dos portugueses estão preocupados em distinguir conteúdo verdadeiro e falso na Internet”, com base no relatório Digital News Report Portugal 2024, produzido pelo Obercom (Observatório da Comunicação), sendo que, destes, “81% assumem-se preocupados em distinguir o que é falso do que é verdadeiro na Internet.”
Ainda segundo a mesma notícia, “56% dos portugueses inquiridos dizem confiar em notícias em geral e 58% confiam naquelas que consomem. Em 2015, porém, ambos os números eram superiores: 66% no primeiro caso e 71% no segundo.”
A confiança na informação é essencial para a partilha de conteúdos que não promovam a desinformação e a discriminação.
A ONU proclamou esta data para condenar qualquer apologia do ódio que incite à discriminação, hostilidade ou violência, seja através de meios de comunicação impressos, audiovisuais ou eletrónicos, redes sociais ou quaisquer outros meios.
Para a ONU, é essencial prestar atenção aos crescentes atos de discurso de ódio que minam o espírito de tolerância e o respeito pela diversidade, constituindo uma grave preocupação comum a todos os Estados-Membros.
Neste âmbito, a CIG é a entidade responsável pela aplicação das recomendações constantes da Recomendação CM/Rec (2019) 1, adotada pelo Comité de Ministros do Conselho da Europa, de 27 de março de 2019, relativas ao discurso de ódio sexista nos media, na internet e nas redes sociais.
No website da CIG pode encontrar um formulário para efetuar queixas em razão do sexo, da orientação sexual e da identidade de género.
Por último, destacamos a iniciativa que o Instituto Português da Juventude, em parceria com diversas entidades, nomeadamente da sociedade civil, tem em curso desde 2017, para combater ao discurso de ódio . No site http://www.odionao.com.pt/ pode encontrar diversos recursos para combater este fenómeno.