Já está disponível o livro branco sobre a conciliação do teletrabalho e da coabitação em Portugal
O livro branco recentemente publicado pelo projeto HomeWork oferece uma visão detalhada sobre a conciliação do teletrabalho e da coabitação em Portugal, com um foco particular na promoção da igualdade de género.
Intitulado “Livro Branco: Recomendações para a Promoção da Igualdade de Género na Conciliação de Teletrabalho e Coabitação em Portugal”, esta obra é o resultado do projeto, financiado pelo EEA Grants, Programa Conciliação e Igualdade de Género, gerido pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.
A pandemia da COVID-19 alterou significativamente a paisagem laboral em Portugal, com um aumento notável do teletrabalho. Estatísticas revelam que, durante o auge da pandemia, mais de 20% da população empregada estava a trabalhar a partir de casa. Embora esse número tenha diminuído ligeiramente nos trimestres seguintes, o teletrabalho continua a ser uma opção popular para muitos profissionais.
No entanto, o livro branco destaca que o impacto do teletrabalho não é neutro em termos de género. Enquanto pode oferecer mais flexibilidade e autonomia, também pode reforçar os papéis tradicionais de género, colocando maiores responsabilidades sobre as mulheres.
O projeto “HomeWork”, desenvolvido pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, em parceria com a e outras entidades, teve como objetivo analisar essas dinâmicas. O projeto envolveu várias fases, desde uma pesquisa do estado da arte até a elaboração de estudos empíricos e propostas de políticas públicas.
As recomendações apresentadas no livro branco visam melhorar os regimes jurídicos e políticas públicas relacionadas com o teletrabalho e a conciliação familiar. Estas propostas têm como objetivo promover uma maior igualdade de género no mercado de trabalho, proporcionando um ambiente mais equitativo tanto para homens como para mulheres.
Entre as sugestões apresentadas no livro branco estão a implementação de políticas que promovam uma distribuição mais equitativa das responsabilidades familiares, a criação de programas de formação e sensibilização sobre igualdade de género, e o incentivo a práticas organizacionais que facilitem a conciliação entre vida profissional e pessoal.