CIG salienta importância das mulheres no mundo da inteligência artificial
O alerta foi dado no 3.º Encontro Aliança para a Igualdade nas TIC, que se realizou no dia 14 de dezembro, em Lisboa.
A Presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, a quem coube abrir a sessão, reforçou a importância cada vez maior da entrada das mulheres no mundo das tecnologias digitais, pois com a evolução “da inteligência artificial, corremos o risco de termos apenas homens a desenvolver tarefas de programação, o que provoca um enorme enviesamento de género.”
Para Sandra Ribeiro, é necessário alterar o paradigma de “existirem apenas – ou uma grande maioria de – homens no mundo do digital”, pelo que é necessário “trazer as raparigas para os cursos das engenharias e tecnologias digitais”. E é aqui que as empresas privadas podem “desempenhar um papel muito importante, nomeadamente através da sua inclusão na Aliança para a Igualdade nas TIC e na visibilidade que podem dar a mulheres em cargos de liderança nas áreas tecnológicas.”
O Encontro contou ainda com uma mesa-redonda dedicada ao empoderamento de raparigas na educação e no mercado de trabalho, com a ajuda das Tecnologias de Informação e Comunicação, na qual se debateram questões relacionadas com a necessidade de combater estereótipos de género, que começam muitas vezes na infância, através da escolha dos brinquedos para meninas e para meninos.
Falando no encerramento da sessão a Coordenadora do INCoDe2030, Luísa Ribeiro Lopes, chamou a atenção para a necessidade de “esta preocupação com o tema chegar a mais homens” e para a necessidade de mais “políticas públicas que combatam os estereótipos de género e que tragam mais raparigas para as áreas STEAM.”
Foram ainda assinados protocolos “Aliança para a Igualdade nas TIC” com a Escola Martins Freitas, a NTT Data e a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações.