Mulheres jovens enfrentam mais dificuldades no mercado de trabalho
O Livro Branco “Mais e Melhores Empregos para os Jovens”, publicado este mês, apresenta o diagnóstico do mercado de trabalho dos jovens, das ligações com a educação e competências, e das políticas de emprego ao longo dos últimos anos.
Este estudo, realizado pelo Observatório do Emprego Jovem, em parceria com a Fundação José Neves e o Escritório da Organização Internacional do Trabalho para Portugal, analisa os principais indicadores do emprego (e desemprego) jovem e (incidência e composição apresentando alguns indicadores quanto à situação das mulheres jovens no mercado de trabalho:
- o desemprego entre as mulheres é consistentemente mais elevado do que entre os homens;
- a massificação do ensino superior foi mais rápida entre as mulheres. Em 2021, quase 57% das jovens mulheres tinha completado um curso superior, um valor que fica cerca de 18 pontos percentuais acima do dos homens (38%);
- a diferença salarial entre homens e mulheres é menor no momento da entrada no mercado de trabalho, mas tende a acentuar-se ao longo do tempo. Em 2019, para a faixa etária dos 15 aos 24 anos, os homens ganhavam, em média, mais 6% do que as mulheres. Entre os 25 e os 34 anos, a diferença chegava aos 11%. Estes valores têm-se mantido relativamente constantes ao longo da última década, em contraste com a tendência decrescente nas gerações mais velhas.