Novo relatório do EIGE alerta para o controlo coercivo e a violência psicológica contra as mulheres
O Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE) lançou um relatório sobre o combate ao controle coercitivo e à violência psicológica contra as mulheres nos Estados-Membros da União Europeia.
O estudo foi desenvolvido pela equipa de investigação e estatística do EIGE e analisa as causas e consequências do controlo coercivo e da violência psicológica contra as mulheres, avalia a criminalização da violência psicológica e do controlo coercivo nos Estados-Membros da UE e identifica e analisa as práticas promissoras e os principais obstáculos à prevenção do controlo coercivo e da violência psicológica contra as mulheres na UE Estados-Membros.
Segundo dados (2014) da Agência Europeia dos Direitos Fundamentais 44% das mulheres revelam já ter tido experiências de violência psicológica por parte de um parceiro ao longo da vida.
Quanto ao impacto sofrido nas famílias das vítimas, crianças que testemunhem violência psicológica e controlo coercivo perpetrado contra as suas mães poderão ter mais tendência a tornarem-se vítimas na idade adulta.
A violência psicológica e o controle coercivo são formas de violência contra as mulheres enraizadas na sociedade e, no mundo moderno, elas são frequentemente cometidas no espaço físico, mas também por via digital.
O que é violência psicológica?
A violência psicológica é definida como “qualquer conduta que prejudique a integridade psicológica da pessoa por meio de coerção ou ameaças.” (Conselho da Europa)
O que é controlo coercivo?
O controlo coercivo é definido como “uma conduta opressiva tipicamente caracterizada por frequentes abusos físicos e coação sexual, em combinação com táticas para intimidar, degradar, isolar e controlar as vítimas.
Quem está em maior risco de sofrer violência psicológica?
- Mulheres mais jovens (abaixo de 30 anos)
- Mulheres com deficiência ou condição de saúde
- Mulheres não heterossexuais
- Mulheres refugiadas e refugiadas com um passado migrante