Dez anos passados as trabalhadoras domésticas e os trabalhadores domésticos ainda lutam por igualdade e por trabalho digno

Dez anos após a adoção de uma Convenção histórica da Organização Internacional do Trabalho que confirmou os seus direitos laborais, as trabalhadoras e os trabalhadores domésticos ainda lutam para serem reconhecidos/as como qualquer outra trabalhadora ou trabalhador e como profissionais que prestam serviços essenciais.

As condições de trabalho para muitas e muitos não melhoraram numa década e foram agravadas pela pandemia da COVID-19, de acordo com o novo relatório da OIT, “Tornar o trabalho digno uma realidade para o trabalho doméstico”.

Os dados do relatório revelam que os 75,6 milhões de trabalhadoras e trabalhadores domésticos em todo o mundo (4,5 por cento das pessoas empregadas por conta de outrem a nível mundial) foram significativamente afetados/as, o que por sua vez atingiu os agregados familiares que dependem deles/as para satisfazer as suas necessidades diárias de cuidados.

“A crise pôs em destaque a necessidade urgente de formalizar o trabalho doméstico para garantir o seu acesso ao trabalho digno, a começar pela extensão e implementação das leis laborais e de segurança social a todas as trabalhadoras e trabalhadores domésticos” referiu o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

Há dez anos, a adoção da histórica Convenção do Trabalho Digno para o Trabalho Doméstico foi aclamada como um avanço para as dezenas de milhões de trabalhadoras e trabalhadores domésticos em todo o mundo – a maioria são mulheres.

O trabalho doméstico continua a ser um setor dominado pelas mulheres, empregando 57,7 milhões de mulheres, que representam 76,2 por cento das trabalhadoras e trabalhadores domésticos. Enquanto as mulheres constituem a maioria da mão-de-obra na Europa e Ásia Central e nas Américas, os homens superam as mulheres nos Estados Árabes (63,4 por cento) e no Norte de África, representando pouco menos de metade de todas as trabalhadoras domésticas no Sul da Ásia (42,6 por cento).

Consulte aqui a versão integral do Relatório em inglês.
Resumo em espanhol; francês; inglês e português (disponível em breve).