Lançado guia de apoio de combate à COVID-19 em bairros precários da AML
Como ficar em casa em isolamento sem acesso a infraestruturas básicas, como água e saneamento? Como ficar em casa em isolamento em cenário de sobrelotação? Como ficar em casa quando se está na iminência de despejo? Como ficar em casa quando se está numa situação de sem-abrigo?
Estas são questões que se têm colocado a muitas famílias da Área Metropolitana de Lisboa, neste contexto de pandemia, durante o qual a palavra de ordem é: “Ficar em casa”.
O documento agora lançado pretende analisar e avançar propostas, orientado não apenas ao universo académico, técnico e especializado, mas à sociedade no geral, procurando estreitar a relação entre umas/uns e outras/outros, partindo do estudo de três casos distintos: o Bairro Alfredo Bensaúde (Lisboa), de promoção pública, o Bairro da Cova da Moura (Amadora) e o Bairro das Terras da Costa (Almada).
Os resultados do Estudo ICS/ISCTE COVID 19 — “O Impacto Social da Pandemia”3 —, realizado em Abril de 2020, confirmam que os efeitos socioeconómicos da pandemia são assimétricos, apontando a ‘saúde da família’ como a grande prioridade das mulheres. E, na AML, são maioritariamente as mulheres, as protagonistas das lutas pelo Direito à Habitação, inseridas em estruturas representativas como associações de moradores ou não organizadas.
“Como ficar em casa? Intervenções imediatas no combate à COVID-19 em bairros precários da AML”, resulta de um apoio especial ao abrigo da linha GENDER RESEARCH 4 COVID 19, sendo um dos 16 projetos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), em articulação com a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, e com o apoio da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.
Todos os materiais produzidos encontram-se disponíveis no website do projeto www.comoficaremcasa.pt.