EIGE publica dados sobre mulheres e homens na tomada de decisão na Europa
O Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE) sublinha que a introdução de quotas possibilita mudanças que permitem reduzirem-se as desigualdades de género quer na política quer no meio empresarial.
O EIGE acaba de publicar a sua mais recente análise sobre mulheres e homens na tomada de decisão na Europa. Os dados vêm revelar que há uma tendência para se atingir um equilíbrio de género na política, assim como nas maiores empresas inventariadas.
Na política, os homens ainda superam as mulheres nos Parlamentos da Europa. Em novembro de 2019, dois terços dos parlamentares da UE eram homens (67,8%) e um terço eram mulheres (32,2%). Cerca de três quartos dos parlamentares nos sete países que recebem apoio do Instrumento de Assistência de Pré-Adesão (IPA) da UE são homens (73,4%).
Persiste a liderança partidária masculina. Em novembro de 2019, as mulheres representavam menos de um em cada cinco (17,1%) líderes dos principais partidos políticos dos Estados-Membros. Nos países beneficiários do IPA, as mulheres representam 6,5% dos líderes dos partidos políticos. Verifica-se que menos de metade dos países da UE possui quotas legislativas. No presente momento, existem quotas para candidatos legislativos em 11 Estados-Membros e em todos os beneficiários do IPA, exceto na Turquia. As metas variam entre 50% de mulheres na Bélgica e na França e 30% na Irlanda. A proporção de mulheres parlamentares em países com quotas para candidatos legislativos quase duplicou desde 2004, de 18,2% para 34,0%. A persistência na introdução de quotas pode permitir mudanças positivas ao longo do tempo.
Na área empresarial verifica-se que a participação de mulheres nos conselhos de administração tem vindo a aumentar. Em outubro de 2019, a participação de mulheres nos conselhos das maiores empresas de capital aberto da UE mais do que duplicou, de 11,8% em 2010, para 28,8%. Desde 2010, os países que adotaram medidas legislativas tiveram um aumento de 27,2 pontos percentuais, resultando em 36,5% de mulheres nos conselhos de administração. Contudo, o progresso é mais lento nos níveis de executivo sénior. Na UE, as mulheres representam apenas 18,6% dos cargos executivos seniores nas maiores empresas inventariadas.
Aceda aos documentos em:
Statistical brief: gender balance in politics »
Statistical brief: gender balance in largest listed companies »