Faleceu Maria Velho da Costa (1939-2020)
A CIG lamenta profundamente o falecimento de Maria Velho da Costa, a 23 de maio de 2020, aos 81 anos. A par de Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno (1939-2016), foi co-autora daquele que foi, e continua a ser, um marco na literatura portuguesa para a emancipação das mulheres: as Novas Cartas Portuguesas.
Prémio Camões em 2002, com o título “Myra”, publicado em 2008, recebeu o Prémio PEN Clube de Novelística, o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio Literário Correntes d’Escritas e o Grande Prémio de Literatura dst. https://www.publico.pt/2020/05/23/culturaipsilon/noticia/morreu-escritora-maria-velho-costa-1917871
Maria Velho da Costa é «considerada uma das grandes renovadoras da prosa em português» desde os anos 60 do século passado. Século em que lhe foi instaurado, tal como às restantes co-autoras, um processo judicial, antes da revolução de 25 de Abril 1974, pela co-autoria da já citada obra. Processo judicial que gerou uma forte reação mediática, de dimensões nacionais e internacionais pois muitas foram as vozes que se juntaram em defesa das Três Marias.
Da sua vasta produção (teatro, argumentista para cinema, contos), será o romance aquele que acolherá a sua maior dedicação e onde mais de destacará. A CIG reúne os seguintes títulos que constituem a sua vasta obra:
- Irene ou o contrato social, Maria Velho da Costa, Lisboa, D. Quixote, 2002;
- Cravo, Maria Velho da Costa, Lisboa, Lisboa, D. Quixote, 1994, 2.ª edição; Moraes, 1975;
- Dores, Maria Velho da Costa, Teresa Dias Coelho, Lisboa, D. Quixote, 1994;
- Maina Mendes, Maria Velho da Costa, prefácio de Eduardo Lourenço, D. Quixote, 1993, 3.ª edição, Moraes, 1977;
- Das Áfricas, José Furtado, Maria Velho da Costa; Lisboa, D. Quixote, 1991;
- Missa in Albis, Maria Velho da Costa, D. Quixote, 1988;
- O mapa cor de rosa: cartas de Londres, desenhos de Oscar Zarate, Lisboa, D. Quixote, 1984;
- Lúcialima, O Jornal, 1983;
- Da rosa fixa, Lisboa, Moraes, 1978;
- Casas pardas, Moraes, 1977;
- Novas cartas portuguesas, Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa , Maria Teresa Horta, Lisboa, Futura, 1974;
- O lugar comum, Lisboa, Morais, 19–;