CIG encerra o 5º Encontro Regional pelo Fim da Mutilação Genital Feminina

Decorreu no passado dia 8 de fevereiro, em Odivelas, o 5º Encontro Regional pela Intervenção Integrada pelo Fim da Mutilação Genital Feminina.

O evento, que assinalou o Dia Internacional de Tolerância Zero à MGF, contou com as presenças da Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro e da Vereadora para Igualdade e Cidadania da Câmara Municipal de Odivelas, Susana Santos.

Os trabalhos deste Encontro foram encerrados por Teresa Fragoso, Presidente da CIG, entidade responsável pela coordenação das políticas públicas de combate às Práticas Tradicionais Nefastas, no âmbito do Plano de Ação para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e à Violência Doméstica 2018-2021.

Teresa Fragoso referiu que desde 2009, data a partir da qual Portugal se implementaram as primeiras medidas de politica de combate à MGF, muitos foram os avanços conseguidos em matéria de prevenção desta prática. Contribuíram, para isso, um conjunto de organismos públicos e de organizações da sociedade civil que integram um grupo de trabalho intersectorial coordenado pela CIG, o qual tem vindo progressivamente a acolher mais representantes de associações representativas das comunidades de risco.

A Presidente da CIG sublinhou que as recomendações que provêm dos Encontros Regionais têm vindo a ser muito úteis no desenho e redesenho das estratégias de ação e que a estratégia de territorialização das intervenções prosseguida pelo projeto “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina” nos territórios com maior incidência do risco, visa promover, em consonância com os Encontros Regionais, uma abordagem integrada de combate a esta prática tradicional, a nível local, tendo os ACES – Agrupamentos de Centros de Saúde como pontos focais e o necessário envolvimento de outras organizações, em especial os municípios, no âmbito dos seus planos locais de saúde, para a igualdade, e integração de imigrantes.

Finalmente, enalteceu a presença de um número significativo de mulheres das comunidades, sobreviventes e ativistas no evento, cujos testemunhos de viva voz são fundamentais para a erradicação da prática e são reveladores do seu crescente empoderamento.