CIG na apresentação do livro “As vozes que se entrecruzam”
Foi lançado no dia 30 de janeiro, o livro “As vozes que se entrecruzam”, representando o culminar de várias tertúlias e seminário com mulheres sujeitas a múltiplas discriminações.
Ana Borges, em representação da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), fez a apresentação do livro, a par de Teresa Sales, coordenadora do projeto “Memória e Feminismos” e dirigente da UMAR. Rosa Monteiro, Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, encerrou a sessão que foi moderada por Sara Anselmo, também dirigente desta Associação.
Com o subtítulo “Múltiplas Discriminações” I (2018) e “Múltiplas Discriminações” II (2019) este Projeto, partindo do conceito de interseccionalidade (Crenshaw, K), dá início a um novo ciclo de estudo e reflexão, propondo o debate sobre os fatores que contribuem para que vários grupos de mulheres sejam alvo de grave marginalização.
“As vozes que se entrecruzam” é o resultado das iniciativas que o Projeto “Memória e Feminismos – Múltiplas Discriminações II” desenvolveu (entre tertúlia e um seminário) ao longo do ano de 2019. A publicação apresenta quatro grandes áreas de reflexão: Mulheres Negras e Afrodescendentes; Mulheres do Interior Rural; Trabalhadoras Domésticas e de Limpeza e Mulheres com Deficiência. Mulheres Negras e Afrodescendentes recebe os contributos de Patrícia da Silva Von Der Way com o texto “Violência de Género e Suas Interseccionalidades” e de Ana Paula Costa que apresenta “Um debate sobre a Interseccionalidade”. O capítulo Mulheres do Interior Rural tem a participação de Manuela Tavares com “As Mulheres nas Comunidades Rurais e a Igualdade nos Territórios”, de Maria do Carmo Bica que nos expõe “As Múltiplas Discriminações das Mulheres na Agricultura e no Meio Rural” e, ainda, de Teresa Sales e Joana Ralão que nos proporcionam os “Testemunhos de Mulheres no Interior”. Trabalhadoras Domésticas e de Limpeza tema abordado por Manuel Abrantes no texto “Trabalho Doméstico – Contributos para uma Agenda Conjunta”; por Inês Brasão que questiona “Por Que Importa Fazer a História das Trabalhadoras Domésticas” e, novamente, Teresa Sales, através de recolha nas intervenções, escreve sobre “Testemunhos de Trabalhadoras Domésticas e de Limpeza”. Finalmente Mulheres com Deficiência é apresentado nas palavras de Maria Helena Alves com o texto “Mulheres com Deficiência”, de Ana Patrícia Santos que argumenta sobre “Uma Realidade Pouco Visível: A Violência Doméstica sobre Mulheres com Deficiência Visual”; terminando este capítulo com Paula Campos Pinto “Raparigas e Mulheres com Deficiência: Da Invisibilidade à Cidadania”.
A sessão realizou-se no Centro de Documentação e Arquivo Elina Guimarães, da UMAR. O Projeto “Memória e Feminismos” da UMAR recebe apoio da CIG, através da Pequena Subvenção.