3.ª edição do Projeto Engenheiras Por Um Dia arranca a 15 de outubro
Hoje, 15 de outubro, inicia-se a 3.ª edição do Projeto Engenheiras Por Um Dia, que responde a uma das áreas críticas identificadas pelo EIGE – Instituto Europeu para a Igualdade de Género no Índice da Igualdade de Género, também hoje divulgado.
De acordo com este índice do EIGE, que mede o desempenho dos países em matéria de igualdade de género nos domínios do trabalho, rendimento, conhecimento, poder, tempo e saúde, Portugal está a progredir mais rapidamente do que a média da UE28, tendo subido para o 16.º lugar no ranking, em relação ao 21.º que ocupava em 2015. Contudo, destaca-se como negativa a segregação sexual das profissões e nas profissões em Portugal, representando as mulheres apenas 9% nos setores das ciências, tecnologias e engenharias, sendo estas áreas fundamentais na economia do futuro. É, por isso, fundamental continuar a trabalhar em projetos como o Engenheiras por um Dia.
Depois do sucesso das anteriores edições, que contaram com a participação de 3000 estudantes, 11 instituições de ensino superior e empresas como Altran, EDP, IKEA e Microsoft, esta rede de entidades parceiras dá seguimento ao Engenheiras por um Dia procurando consolidar o projeto como âncora do trabalho de combate à segregação das profissões, de aumento de mulheres nas tecnologias e engenharias em Portugal e da promoção da igualdade entre homens e mulheres na educação e no emprego.
Segundo a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, “o Diretor-Geral da Agência de Energia Nuclear da OCDE, Willian D. Magwood, numa conferência no IST, reconheceu a profunda desigualdade de género nos setores da tecnologia e engenharia, afirmando que é urgente atrair mais mulheres para estas áreas. Em Portugal, a proporção de mulheres diplomadas nestas áreas caiu de 26,2% em 1999 para 20,6% em 2017, representando apenas 12,8% de estudantes das TIC e 22,8% de estudantes de engenharias. O Engenheiras Por Um Dia é uma medida de política pública que pretende desconstruir a ideia de que estes domínios são domínios masculinos. Procuramos combater os estereótipos sobre o que é suposto ser adequado às mulheres e raparigas e que condicionam as opções escolares e de carreira. Este é um problema sentido por escolas, universidades, empresas e centros tecnológicos.”
A 3.ª edição do projeto vai decorrer ao longo do ano letivo 2019/2020, junto das jovens que frequentam o 3.º ciclo dos ensinos básico e secundário, com atividades diversas e multidisciplinares, tais como desafios de engenharia, visitas de estudo, ações de mentoria e role model, workshops, laboratórios de engenharia e tecnologia e campanhas locais. Para a realização destas atividades, contamos com o envolvimento da rede de parcerias.
Promovido pelo Governo Português, o projeto está integrado na Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação – Portugal Mais Igual, estando a sua coordenação técnica a cargo da Comissão para a Cidadania e a Igualdade e de Género, em parceria com a Carta Portuguesa para a Diversidade, o Instituto Superior Técnico e a Ordem dos Engenheiros.