Nas comemorações do 25 de Abril a CIG relembra “As Três Marias” e as Novas Cartas Portuguesas
“A repressão perfeita é a que não é sentida por quem a sofre, a que é assumida, ao longo de uma sábia educação, por tal forma, que os mecanismos da repressão passam a estar no próprio indivíduo e que este retira daí as suas próprias satisfações” (Novas Cartas Portuguesas, 1974: p. 255).
Em Abril de 1972, foi publicado “As Novas Cartas Portuguesas” um livro escrito por Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa.
- A obra foi considerada de conteúdo “insanavelmente pornográfico e atentatório da moral pública”;
- Três dias após ter sido lançada, a obra foi retirada do mercado e destruída pela censura;
- As autoras foram sujeitas a interrogatórios, na tentativa de se descobrir qual delas havia escrito as partes consideradas de maior atentado à moral. De destacar a recusa das três (que se manteve até aos dias de hoje) em o revelar;
- Foi aberto um processo judicial às “Três Marias” e o julgamento que teve início a 25 de Outubro de 1973, só não terá tido lugar devido à Revolução do 25 de Abril de 1974.
[Adaptado de: http://www.novascartasnovas.com/historia.html]